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Foto: https://www.anf.org.br/coletanea-do-suburbio-carioca-e-lancada-hoje-no-rj/

 

PEDRO MACHADO 
 (BRASIL - RIO DE JANEIRO)

 

Escritor, poeta, professor e mestre em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa pela UFRJ.
Publicou nas antologias Cadernos Negros Volumes 43 e 44.
Publicou Introdução às Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, do romancae Brilha a escuridão dos teus olhos e do livro de contos Desnudo.


Rosas Para Marielle
contos, crônicas e poemas
Seleção e organização PLÍNIO CAMILLO. Co-organização
MIRIAM CASTRO.  Apresentação ANELITO DE OLIVEIRA.
Edição Anelito de Oliveira. Design Augusto de Oliveira. Imagem da capa: Yasmine Evaristo/Imagem, tracing e pintura.  Belo Horizonte – MG: Inmensa Editorial, 2024.
56 p. 
Inclui textos e poemas de Ana Gilda Leocadio, Ana Paula Campos, Benedita Lopes, Caroline Paixão, Cristiane Sobral, Débora Medeiros de Andrade, Diogo Nogue, Fabiana Nasimento, Felix Ventura, Ife Rosa OADQ, Ilma Fátima de Jesus, Irani Ribeiro, Júlio Emílio Braz, Leandro Passos, Luana Levy, Luiza Owhoka, Miriam Vieira,                                                                     Miriam Castro, Mônica Gomes, Negro Du, Neide Lopes, Pedro Machado, Plíonio Camillo, Roberta Borges, Rogério Adriano Silvestre, Sérgio Alves, Sérgio Rosa, Shirley Maia, Sued Fernandes  e  Tatiane Cristina Joaquim de Lima.

 

MARIELLE

Me debruço sobre o vasto tecido do mundo,
lindo tecido, ricamente bordado,
mas banhado com tanto sangue
seco há séculos ou ainda quente
que é difícil ver alguma beleza.

O tecido ensanguentado do mundo,
a Morte Violenta o usa como vestido
e o ostenta enquanto vigia
nossos lares, nossos amados, nossas amadas
e as nossas canções esperançadas.

Não há templo, palácio ou delegacia
onde se encontre abrigo, lá
estão muitos dos que derramam sangue,
lá também amaldiçoam aqueles
de quem querem o sangue derramado.

Eles fazem da Morte Violenta um clichê
na liturgia das suas opiniões e dos telejornais.
Sua moral os faz deuses sobre todos
dizem como as pessoas devem viver
gritam quais e como devem morrer.

E a nós só restou tentar poemas,
lágrimas, protestos e homenagens
que não lavam um só milímetro
do vasto tecido ensanguentado do mundo,
mas revivem as vozes, a memória e a beleza
dos assassinados, revivem
a memória latente

do dia ancestral vindouro
em que no lindo tecido já não haverá
mancha alguma de sangue ou desprezo.

 

*
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Página publicada em setembro de 2024

 


 

 

 
 
 
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